De repente 30: cinco séries incríveis para as mulheres de quase 30

Netflix-The-Bold-Type

Conheça tramas que abordam os principais conflitos da vida adulta

Dizem que fazer 30 anos é um divisor de águas na vida de qualquer mulher, né?! Mas a verdade é que a partir dos 25, muitas de nós já começam a sentir os efeitos dessa mudança. Vem a maturidade, a responsabilidade e aqueles inúmeros questionamentos de para onde a nossa vida vai, como se tivesse algum manual específico de como resolver os desafios da fase adulta.

Com tanta pressão, às vezes a gente cai no erro de acreditar que está mesmo atrasada ou perdendo tempo demais. E, acreditem, existem outras mulheres passando pelo mesmo, por isso encontrar histórias que nos façam enxergar novas perspectivas dá sempre aquele quentinho no coração.

Tudo bem que a gente a-m-a uma trama adolescente, de historinha água com açúcar e sem muita complexidade, mas ultimamente os serviços de streaming passaram a apostar tanto nesse tipo de produção, que é simplesmente impossível achar algo que faça parte do nosso universo. Cadê aquele romance mal resolvido, ou a mulher em crise na carreira que descobre um hobby, ou então as amigas que largam tudo para conhecer um novo lugar? Nada, nada, nada.

Bem, foi por isso que nós resolvemos separar cinco séries incríveis para quem está na casa dos 20 e poucos, ou nos 30, e pode, enfim, encontrar tramas que falem um pouco sobre as questões que a gente passa a enfrentar quando entra na fase adulta. Confira abaixo:

The Bold Type, Netflix, Kat, Jane e Sutton
Kat, Jane e Sutton em “The Bold Type” | Divulgação

1. THE BOLD TYPE (Netflix)

Essa série simplesmente ganhou o meu coração porque ela entrega tudo o que a gente precisa: romance, moda, trabalho e amizade. Mas não se engane, a produção está beeem longe de ser superficial.

Centralizado em três personagens principais, a narrativa faz um mergulho no universo de cada uma delas, em temas para lá de importantes, como identificação racial, abandono materno e saúde da mulher, além do impacto que essas questões podem causar em nossa vida adulta.

Os diálogos são divertidos e superinteligentes, fazendo com que o espectador vá das lágrimas às risadas em questão de minutos.

O lado triste é que, mesmo com um sucesso absurdo no mundo todo, recentemente o programa foi cancelado, deixando os fãs desolados. Portanto, a 5ª temporada que ainda será lançada, vai ser também a despedida de Kat, Jane e Sutton.

Phoebe Waller-Bridge em “Fleabag” | Divulgação

2. FLEABAG (Amazon Prime)

A queridinha do momento!

A trama tinha tudo para cair em uma vala comum ao falar sobre amor, depressão e amizade, mas faz simplesmente o oposto ao trazer leveza a assuntos tão difíceis e complexos. Não à toa, a série faturou nada menos do que seis prêmios na 71ª Edição do Emmy Awards.

Com uma personagem cativante, diálogos irônicos e até cômicos, são os relacionamentos complicados e acontecimentos inesperados que dão o tom da construção da história, que faz a gente resgatar diversas vivências parecidas.

E o melhor: os episódios são supercurtinhos, com uma média de 25 minutos cada.

Nerea, Lola, Valéria e Carmen em “Valéria” | Divulgação

3. VALÉRIA (Netflix)

Eu confesso que demorei para começar essa porque ela quase sempre aparecia em listagens do tipo “séries quentes na Netflix” e aí me parecia só aquela história morna com um monte de cena de sexo absolutamente do nada. Mas foi uma grata surpresa.

Apesar de ser um roteiro um tanto simples, sem grandes complexidades, ele traz conflitos de mulheres com estilos e momentos de vidas diferentes, redescobrindo as faces de suas personalidades. A protagonista, uma escritora em bloqueio criativo, entra em crise no casamento e conta com as amigas para superar o momento, entre boas risadas e confusões.

É uma delicinha para assistir de forma despretenciosa.

Issa Dee em “Insecure” | Divulgação

4. INSECURE (HBO)

Focada na amizade entre duas mulheres, essa produção é simplesmente uma pedida imperdível para mulheres, especialmente pretas, pois ela retrata fielmente algumas inseguranças e conflitos de relacionamento especificamente que elas passam, contrariando todos os estereótipos.

A parte mais legal é que, apesar da questão racial ser um importante pano de fundo para o desenrolar das histórias, ele não é o foco central, dando espaço a outros temas gerais como desencontros profissionais, conflitos na amizade e até questões culturais.

É legal porque tem drama, mas é legal também porque não tem nada de inseguro, como o nome propõe, pelo contrário, é um bálsamo de segurança, autoestima e alívio cômico.

Sucesso entre o público e a crítica, a série também está prestes a se despedir em sua 5ª e última temporada.

Celeste, Madeline e Jane em “Big Little Lies” | Divulgação

5. BIG LITTLE LIES (HBO)

Apesar de não ser mais tão focada nos 20 e tantos anos, essa série faz algumas profundas reflexões sobre a maternidade e as abdicações que as mulheres têm que fazer para dar conta de cuidar dos filhos, da casa e da vida profissional. Algo que nos atinge, muitas vezes, antes de nos darmos conta do que é, de fato, a vida adulta, por isso acho que faz tanto sentido ela aparecer aqui.

O roteiro retrata vidas de mães aparentemente perfeitas, mas com muitos segredos obscuros, até que um acontecimento às leva ao extremo e exige que elas deixem as diferenças de lado para, juntas, encontrarem uma solução.

Tem relacionamento abusivo, bullying, rivalidade feminina, maternidade solo, e uma infinidade de assuntos importantes para serem debatidos, e o melhor: com um elenco de atrizes extremamente talentosas.

E vocês, têm alguma outra dica?

Publicado por

Jornalista, filósofa de travesseiro e escritora de meia tigela. E, pra piorar, ainda é canceriana, pensa no drama! Nas horas livres reclama da vida, fala de reality e escreve umas bobagens

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